"É muito improvável que toquemos juntos novamente. Até onde eu sei, Gilmour se aposentou. Acho que ele não tem nenhum interesse nisso. Eu também não. O Live 8 foi incrível, mas não podemos esquecer que naquela ocasião ainda éramos quatro pessoas e não tocávamos juntos por mais de 20 anos. Rick Wright ainda estava vivo. Acho que acabou ali", disse o cantor.
Ele falou ainda sobre a possibilidade de voltar ao país em novembro, para participar de um fórum sobre a Palestina. "Talvez eu volte", disse, para, em seguida, minimizar sua participação. "Não sou bom em fóruns. Não sou um cara muito bom nos discursos. Jamais seria um bom político. Faço isso muito mal."
Como já havia feito nas entrevistas coletivas concedidas no Chile e na Argentina, há algumas semanas, Waters também deu suas impressões sobre o país visitado. Neste caso, o Brasil.
"Adoro vir à América do Sul. Adoro o público. Claro que há problemas políticos e econômicos, mas, do ponto de vista de alguém de fora, que frequenta o continente há mais ou menos 10 anos, vejo grandes mudanças acontecendo, particularmente no Brasil", disse Waters, lembrando o ex-presidente Lula e fazendo referência à Dilma Rousseff.
"O Brasil tem uma riqueza imensa. Vocês talvez estejam se organizando melhor, distribuindo de uma forma muito mais justa agora e se tornando um exemplo para outras partes do mundo. Eu não vivo aqui, talvez esteja falando sem saber, mas é como eu me sinto."
O músico também fez considerações sobre a chuva, que deve cair durante a noite de quinta-feira (29), quando o músico se apresenta no Estádio do Engenhão. "Tivemos alguma chuva em Buenos Aires. Com ela conseguimos lidar. Mas se tivermos um vento forte na hora do show, não poderemos tocar. Porque é muito perigoso. Vamos nos apresentar na chuva, não tenho problema algum em cantar molhado. Contanto que ninguém se machuque", destacou Waters.
Fonte : g1
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