Kiss: Por dentro da mente de Paul Stanley

O KISS já há muito tempo tem dependido de turnês e licenciamento de mídias [incluindo venda de discos e inclusão em coletâneas] para manter sua marca aos olhos do público.
Na semana passada, o co-fundador do Kiss, PAUL STANLEY, estava ocupado se preparando para uma turnê conjunta com o Mötley Crüe, logo após ter dados os toques finais no disco de estúdio da banda, ‘Monster’, que deve sair entre setembro e dezembro, e será inevitavelmente seguido por outra turnê.
Agora, isso é tudo costumeiro para o veterano de 60 anos. Por mais pasteurizado que o grupo tenha ficado, tornando-se uma pálida versão pastiche de seu espírito e formas originais, a banda parece entrar em seu quadragésimo ano em 2013 em meio a uma indústria musical que em muitos modos remodelou-se na imagem da agremiação.

Apesar de não tentar mais ficar na crista da onda do que está acontecendo nos modismos musicais – como o Kiss fez com a discoteca, depois com o glam metal e até com o grunge – o grupo conseguiu manter seu nome na música popular admiravelmente bem, aparecendo em ‘American idol’ e lançando uma turnê conjunta com o Aerosmith. Ainda assim, o mais notável é o grau que os procedimentos operacionais atemporais do Kiss – marketing agressivo e turnês infindáveis [e enganando os fãs que compraram ingressos para a turnê de 2000, que eles alardeavam como a de ‘despedida’] – posicionaram a corporação para resistir a todos os revéis da indústria na última década.

A banda tem um catálogo de 3000 produtos oficiais, e recentemente assinou um contrato com a detentora da marca Hello Kitty, a Sanrio. Cerveja, caixões e preservativos também já fazem parte da inesgotável lista de itens comercializados. Claro, a postura uber-capitalista do Kiss fora considerada outrora como um anátema do espírito da contracultura do rock n’ roll, o que não é atenuado pelo tamanho que a massa de licenciamentos pela banda tomou, e agora parece destinada a rivalizar com as vendas de merchandise da marca ‘Star Wars’ de George Lucas.

“Nossa credibilidade é definida por nossos critérios, e somos tão críveis como lucrativos”, disse Stanley. “É inegável que as fontes não-tradicionais de renda podem ser gigantes, e não maximizar seu potencial fora da música seria absurdo. É o ramo da música, e o elemento de negócio não nega ou mancha a outra porção de tudo. Somos uma banda, e somos uma marca. E sem uma, a outra sofre.”

“Só pra dar um exemplo, quando começamos nosso primeiro fã-clube, as pessoas chiaram, os críticos chiaram, outras bandas chiaram. E a questão é o que há de errado em organizar e se conectar com seus fãs? Parecia-me muito pouco altruísta fazer o contrário, e não reconhecer nem alimentar isso. No começo, ficamos surpresos com a hostilidade que a coisa recebeu. Mas, sempre confiamos no nosso taco. Há muitas bandas que não podem fazer o mesmo, porque, bem francamente, elas são chatas.”
Apesar de tanta autoconfiança, que sempre acompanhou a música e as empreitadas comerciais do Kiss, Stanley estabelece uma perspective mais cândida das bandas que seguem os passos da sua, especialmente quando se fala dos novos modelos digitais que, Segundo ele, “forçam o artista a cederem a um modelo de royalties com o qual eles podem nunca ter concordado caso tivesse tido escolha”.

“Eu odiaria estar em uma banda iniciante agora, porque não há pote de ouro pra se correr atrás”, ele disse. “Nós viemos numa trilha que, essencialmente, não era muito remota de vaudeville. Você começava como quarto no elenco e gradualmente ia subindo. Você se formava nos bares até os teatros e depois arenas. Quando estávamos no papel principal, nós sabíamos muito bem como sermos o principal. Essa é uma oportunidade que a maioria das bandas de hoje jamais terá, e isso é evidente nos shows delas.”

Enquanto o catálogo musical do Kiss já é considerado como suplementar a seu maximalista show de palco – um modelo para o qual, recentemente, o resto da indústria musical tem sido forçada a se conformar – Stanley tomou as rédeas das gravações nos últimos anos, produzindo ‘Monster’ assim como ele já tinha feito em ‘Sonic Boom’ de 2009, que levou a banda a sua mais alta colocação nas paradas da Billboard, chegando a #2.
“Começou comigo dizendo, ‘ou eu produzo ou não fazemos discos’”, ele disse, pungentemente. “Eu acho que chegamos a um ponto aonde a democracia se provou superestimada demais.”

Ao mesmo tempo, Stanley é notavelmente franco sobre seu estilo de composição [“Eu não sou um artista sofredor, miserável. Eu venci na vida. Isso é exatamente o que eu queria”], os erros da banda [“nada teria sido pior para nosso último disco gravado do que ter sido ‘Psycho Circus’. Aquele era um epitáfio que eu não queria”] e suas próprias expectativas para com o novo material da banda [“não importa o quão boas sejam as músicas, nada nesse disco vai chegar perto de ter um impacto como o que ‘Love Gun’ teve nas pessoas”]. Ele é igualmente direto sobre sua relação única com o baixista-vocalista Gene Simmons – seu parceiro constante de banda desde antes da fundação do Kiss – e que por muitas vezes toma o papel de porta-voz do grupo: “Ao longo dos anos, você aprende a aceitar a dinâmica, e a melhor maneira de criar uma grande parceria é aceitar sua limitações. Meus ombros doem de vez em quando de ter alguém em cima deles o tempo todo? Claro. Mas isso faz parte da dinâmica… e pra acabar, eu ainda coloco 50% do que ele ganha na minha conta de banco.”

Mas quando perguntado sobre o futuro da banda quando ela começa sua quinta década, Stanley ficou contemplativo.

“O Kiss vai durar muito mais do que eu,” ele disse. “Eu não posso desligá-lo, nem iria querer isso. Em algum ponto eu vou morrer – dizer que outras pessoas foram descartáveis [na banda] e não me incluir seria narcisista e ridículo. Há alguém por aí que pode fazer o que faço no mínimo tão bem quanto, acrescentar algo à banda, e levá-la além. Mesmo como marca, o Kiss ainda está em sua infância. O Kiss é eterno do mesmo modo que Batman e Superman são eternos. O Kiss não envelhece”.

Fonte : Playa del nacho

Penulis : @Rafael ~ Sebuah blog yang menyediakan berbagai macam informasi

Artikel Kiss: Por dentro da mente de Paul Stanley ini dipublish oleh @Rafael pada hari domingo, 6 de maio de 2012. Semoga artikel ini dapat bermanfaat.Terimakasih atas kunjungan Anda silahkan tinggalkan komentar.sudah ada 0 komentar: di postingan Kiss: Por dentro da mente de Paul Stanley
 

0 comentários:

Postar um comentário